Simon cobra Planalto por veto à sua candidatura

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) cobrou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicações sobre o veto do Palácio do Planalto à sua candidatura a presidência do Senado, logo que o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) assumiu o cargo. Simon disse que merece uma explicação de Lula sobre a "mensagem" saída do Palácio do Planalto de que ele "não era de confiança, era imprevisível e que não era homem de confiança" para comandar o Senado.

"Eu respeito os meus adversários e creio que mereço respeito", alegou. "Presidente Lula, quando vossa excelência nem era líder sindical, eu já era político. Tenho 25 anos nesta Casa, nas horas difíceis de Vossa Excelência, quando estava na cadeia em São Paulo, quando foi candidato pela primeira vez contra o Collor, eu estava lá, sempre fui da sua amizade e parece que sempre gozei da sua confiança".

O senador relatou os motivos que o levaram, nos últimos dias – incentivados pelos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-AM) – a disputar a indicação para a presidência do Senado, mesmo sabendo que seria derrotado. "É que esse PMDB que está aí, não é o meu", justificou. Ele reiterou que não deixa o partido para não ser futuramente cobrado por abandoná-lo com seus atuais dirigentes. Citou entre eles o senador José Sarney, apontado pelo novo presidente do Senado como "coordenador do processo" que o elegeu. "Eu não posso fazer isso (se desfiliar), o doutor Sarney passa, o PMDB fica. O doutor Sarney passa, nós ficamos", argumentou.

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