Sibá Machado dá prazo até domingo para escolher novo relator

Brasília – O presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), estabeleceu prazo de até domingo (24) para escolher um senador que aceite a relatoria do processo de investigação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros. Oficialmente, a relatoria ainda pertence ao senador Epitácio Cafeteira (PTB) que apresentou seu parecer pelo arquivamento, mas afastou-se do cargo por motivos de saúde.

Os senadores do conselho resistem em votar o relatório de Cafeteira sem que todas as dúvidas sobre as informações fornecidas por Calheiros sejam dirimidas. O presidente do Senado é acusado em reportagem da revista Veja de ter contas pessoais bancadas por um funcionário da empresa Mendes Júnior.

Para comprovar que vinham de seus rendimentos o pagamento de uma pensão informal à jornalista Mônica Veloso, Calheiros apresentou ao Conselho de Ética uma série de recibos, notas fiscais e cópias de cheques envolvendo  transações com vendas de gado que tiveram suas autenticidades e valores questionados em novas reportagens da imprensa.

Ontem (20), o novo relator escolhido, Wellington Salgado (PMDB-MG), renunciou ao cargo horas depois de ter seu nome anunciado por Sibá Machado. O peemedebista renunciou por não concordar com a maioria dos colegas em aprofundar as investigações sobre os documentos encaminhados pelo presidente do Senado.

Sibá Machado, por sua vez, negou que esteja em andamento qualquer medida protelatória nas investigações e reconheceu que enfrenta dificuldades para encontrar um senador que aceite conduzir este processo. "Não há qualquer medida protelatória. Todos estão acompanhando as dificuldades do conselho [na escoha de um nome] nesta relatoria e, portanto, a partir desta relatoria, ela é quem vai nos fornecer, junto com a comissão  criada ontem, qual será o cronograma de trabalho".

O presidente do Conselho de Ética ressaltou que, só a partir do cronograma de trabalho definido, se terá um prazo definido para apresentar a conclusão das investigações. "A decisão de ontem foi a mais sensata possível e não haverá, no meu entendimento, se fazer procedimentos abruptos que possam parecer que não está se fazendo um verdadeiro trabalho ou um esticamento de prazos apenas para função protelatória".

Voltar ao topo