Senador tucano espera não ser acusado no mensalinho

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse nesta quinta-feira (20) que tem a expectativa de receber do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, o mesmo tratamento dispensado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na denúncia do mensalão. Azeredo espera ficar de fora da acusação formal referente ao esquema de caixa 2 durante sua campanha de reeleição ao governo de Minas, em 1998, o chamado mensalão mineiro ou mensalinho.

Para se isentar de responsabilidade do suposto desvio de recursos de empresas estatais no valerioduto mineiro – como aponta relatório da Polícia Federal -, o senador citou as suspeitas que envolvem pagamentos à agência DNA com recursos do Banco do Brasil no Fundo de Incentivo Visanet. "O presidente Lula não foi citado (na denúncia do mensalão), apesar de ter havido dúvidas sobre a Visanet. Acho que são situações semelhantes. Se há alguma dúvida em relação às estatais de Minas também houveram dúvidas em relação ao Banco do Brasil e o presidente Lula não foi citado", disse.

Azeredo diz que tem apoio e solidariedade do PSDB e saiu em defesa do ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, que era vice-governador e na época foi candidato a deputado federal. Walfrido foi citado no relatório da PF, mas também nega participação no suposto esquema. De acordo com o senador tucano, a suspeita de envolvimento do ministro pode ser parte de uma "disputa interna dentro do governo", relacionada com "setores do PT". "Ele assumiu uma posição de realce, ele não é do PT", afirmou.

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