Perfeita no arroz?

Sem uva passa no Natal? 140 toneladas contaminadas têm venda proibida no Brasil

Uva passa é usada por muitos brasileiros nas receitas natalinas. Foto: Freepik/Stockking

Mesmo tão pequena, a uva passa é capaz de gerar polêmicas e debates acirrados durante o Natal, promovidos por quem ama ou detesta a fruta, comum nas preparações da ceia. Em 2020, mais de 140 toneladas do alimento deixaram de ser comercializadas no Brasil, após terem sido interceptadas pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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De acordo com informações da Agência Brasil, a interceptação do produto, que tinha como destino a região metropolitana de São Paulo, ocorreu entre junho e setembro deste ano, em postos de fronteira do Porto de Santos (SP) e do Porte Seco de Foz do Iguaçu (PR).

Conforme as autoridades, estas uvas passas apresentavam “quantidade de ocratoxina A acima do permitido” – substância produzida por alguns tipos de fungos. Em condições ambientais adequadas, segundo o Ministério da Agricultura, a substância pode estar presente em produtos alimentares, como cereais, frutos secos, café, cacau, uvas, e processados, como vinho, cerveja ou sumos de fruta. “No entanto, excedendo o limite permitido de micotoxina torna-se tóxica, sendo prejudicial à saúde”, informou, por meio de nota, o ministério.

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“Já foram bloqueadas cargas de uva passa com mais de nove vezes o limite máximo permitido de ocratoxina”, detalha o auditor fiscal da operação, Tiago de Dokonal Duarte, do Ministério da Agricultura, ao informar que lotes importados de amendoim, milho, amêndoas, pistache, frutas secas e milho de pipoca, incluindo os seus subprodutos, só podem ser liberados para a comercialização no Brasil após a análise de micotoxinas feita por laboratórios credenciados.