Secretários do Rio rebatem críticas a plano contra gripe

Apesar de concordar que o Rio tem um dos piores atendimentos nos postos de saúde, o secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, discordou do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para quem a ameaça da gripe suína no Estado é mais preocupante do que em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Já o secretário estadual de Saúde, Sergio Côrtes, comentou por e-mail a declaração do ministro. Assim como Dohmann, ele enfatizou que o número de óbitos no Rio é menor do que em São Paulo e no Rio Grande do Sul, e, portanto, a situação não seria mais preocupante do que nesses Estados.

“Ainda não conversei com o ministro, mas acredito que ele tenha se referido à atenção básica. Mas o Estado do Rio tem um número menor de óbitos, em relação a outros Estados. O ideal é não termos nenhum óbito. E o Estado está trabalhando para isso”, disse ele. Para Dohmann, a cidade “percorreu bem” a primeira fase de bloqueio epidemiológico. “O Rio fez o primeiro diagnóstico, o primeiro diagnóstico de caso autóctone (em que a contaminação aconteceu dentro de território nacional), fomos a primeira cidade a implantar um sistema sensível aeroportuário e, por causa das ações que tomamos desde o início, não estamos entre os primeiros nem no número de casos nem de óbitos”, disse.

O secretário reconhece que há falhas na rede assistencial, mas, para suprir essas deficiências, as secretarias municipal e estadual decidiram-se por algumas medidas. Até semana que vem, entram em funcionamento 17 polos de acolhimento, que farão a classificação de risco dos pacientes com sintomas de gripe. Além disso, Dohmann lembrou que a população terá teleatendimento por meio do Disque Gripe e de um site na internet. Com esses mecanismos, espera-se desafogar as emergências dos hospitais públicos, que estão lotadas de pacientes com resfriado, cujo sintoma se confunde com o da gripe. “Temos a expectativa de manter o Rio numa situação melhor do que a de outros Estados”, afirmou o secretário.

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