São Paulo terá 40 mi de habitantes em julho

São Paulo – Levantamento divulgado ontem, pela Fundação Seade, por meio do boletim ?SP Demográfico?, mostra que a população do Estado de São Paulo atingirá a marca de 40 milhões de habitantes no próximo dia 30 de julho. Desta maneira, o Estado se mantém como o mais populoso, com 21% da população brasileira. Além disso, passa a ter mais habitantes que 178 países e fica abaixo apenas de 29.

As estatísticas da Fundação Seade foram processadas e organizadas com informações sobre nascidos vivos e óbitos provenientes dos Cartórios de Registro Civil do Estado e com os resultados dos Censos Demográficos, realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa na América do Sul, somente a Colômbia abriga um número maior de pessoas que o Estado paulista, local onde residem 11% de todos os sul-americanos. A Fundação Seade explica que São Paulo atinge o atual nível populacional após crescer a taxas sempre maiores que a média nacional. No último período censitário, 1991-2000, enquanto São Paulo aumentou 1,8% ao ano, o Brasil registrou incremento de 1,6%. No início deste século, os ritmos de crescimento esperados para essas áreas são menores, mas o estimado para o Estado (1,6%) ainda supera a média nacional (1,4%). Na análise por idade, o levantamento indica que o segmento das pessoas com menos de 15 anos manteve seu volume populacional praticamente inalterado, enquanto os demais registraram aumentos diferenciados. Entre 2000 e 2005, o grupo de maior volume populacional, com idades entre 15 e 29 anos, cresceu à taxa anual de 1,0%; o contingente entre 30 e 44 anos elevou-se em 1,6%; e a população de 45 a 59 anos registrou o maior crescimento (4,2%). O contingente entre 60 e 74 anos elevou-se em 2,6% ao ano, enquanto a faixa etária com mais de 75 anos registrou a segunda maior taxa de crescimento da população paulista (3,9% ao ano). Com isso, o número de habitantes na terceira idade (com 60 anos ou mais) apresentou aumento expressivo de 510 mil pessoas. Segundo a Fundação Seade, a população paulista é hoje ?marcadamente adulta? e sua distribuição etária já perdeu a forma piramidal apresentada no passado. Os técnicos destacam que a crescente proporção da população em idade ativa e na terceira idade é resultado da alta natalidade e da queda da mortalidade ocorridas a partir de 1945. As elevadas taxas de migração observadas entre 1960 e 1980, quando grande número de pessoas, principalmente com idades entre 20 e 30 anos, buscava trabalho no Estado de São Paulo, também contribuíram para a tendência registrada no presente. A existência de menor proporção de crianças e jovens na população deve-se à redução da natalidade observada a partir de 1984.

Mulheres paulistas são maioria

São Paulo – Na análise por sexo, a pesquisa revela maior presença de mulheres. Segundo a Fundação Seade, esta maior participação é motivada, principalmente, pelo diferencial existente na esperança de vida ao nascer – que registra uma margem de cerca de oito anos de vida a favor das mulheres -, além da maior contribuição do sexo feminino nos fluxos migratórios recentes para o Estado.

A pesquisa da Fundação Seade mostrou que somente nove municípios apresentam população superior a 500 mil habitantes: São Paulo (10,744 milhões); Guarulhos (1,230 milhão); Campinas (1,029 milhão); São Bernardo do Campo (768 mil); Osasco (694 mil); Santo André (669 mil); São José dos Campos (592 mil); Sorocaba (560 mil) e Ribeirão Preto (543 mil). Dos 645 municípios paulistas, 287 têm menos de 10 mil habitantes e 112 têm entre 10 mil e 20 mil habitantes. No total de municípios, 81,2% possuem menos de 50 mil habitantes e abrigam 17,4% da população estadual, enquanto os 18 8% restantes concentram 82,6%. Entre 2000-2005, apenas 8% dos municípios perderam população, quase todos com menos de 10 mil habitantes. A exceção é São Caetano do Sul, cuja população, em 2005, atinge 137 mil habitantes, contra 140 mil habitantes em 2000. Bertioga é a cidade com o maior ritmo de crescimento populacional entre 2000 e 2005 (8,4% ao ano) e sua população corresponde a 44,5 mil habitantes, em 2005. Merecem destaque, também da Fundação Seade, Vargem Grande Paulista, Bady Bassitt, Santana de Parnaíba e Caieiras, cujas taxas anuais superam 5%. No outro extremo, aparece Itaóca, com o maior decréscimo populacional (-1,7% ao ano) e cuja população chega a 2.866 habitantes, em 2005. Também com taxas de crescimento populacional inferiores a -1,0% ao ano, estão os municípios de Ribeira, São João do Pau d?Alho, Santa Rita dOeste e Santana da Ponte Pensa. Em 2005, os municípios pequenos continuam a ser a maioria. A cidade de Borá mantém-se na posição de menor município paulista, com apenas 831 habitantes – o único com população inferior a mil pessoas – e taxa de crescimento de 0,8% ao ano. Quanto à mobilidade da população paulista, as projeções indicam que os municípios localizados na porção central e norte do Estado têm apresentado saldos migratórios positivos.

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