Reforma universitária dá R$ 1 bilhão às federais

Brasília – O anteprojeto de reforma universitária, apresentado na semana passada, pelo ministro da Educação, Tarso Genro, deve trazer um aumento considerável de recursos da União para as universidades federais. A proposta, no entanto, está trazendo mais preocupações do que alívio para os reitores. O novo texto inclui a possibilidade das instituições estaduais e das comunitárias também receberem recursos federais. Apesar de aumentar o bolo, a reforma aumenta os participantes na divisão. ?Essa possibilidade nos causa preocupação porque o texto não diz como será essa participação das instituições, mas deixa claro que as comunitárias e as federais poderão receber recursos?, disse Paulo Speller, reitor da Federal de Mato Grosso e vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A estimativa preliminar do MEC é que a proposta feita no projeto de reforma universitária poderá agregar R$ 1 bilhão aos recursos para as universidades federais. Isso porque, além de 75% dos recursos da educação irem para o ensino superior, seria retirado o que é gasto com inativos, com hospitais universitários e com precatórios. No entanto, ainda não há acordo com a Fazenda, que deve aprovar o pagamento de inativos por fora, e com o Ministério da Saúde, que seria obrigado a arcar com as despesas integrais dos hospitais – hoje o custo é dividido entre MEC e Saúde. Mesmo sendo de R$ 1 bi – mais do que o dobro do valor atual do orçamento das federais- os recursos já parecem poucos para tantos pedintes.

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