Reforma política pode sair em 15 dias

Brasília – Agilidade na votação da reforma política na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara dos Deputados. Essa foi a discussão durante o café da manhã que reuniu ontem, em Brasília, os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE); além de líderes de partidos. Durante o encontro definiu-se como importante que a matéria seja votada na Câmara. E Severino declarou que isso pode ocorrer nas próximas semanas.

?Não permitirei mais essas demoras, essas delongas. Dentro de 10 a 15 dias, nós iremos colocar em votação?, afirmou o presidente da Câmara.

Já o líder do PSB, deputado Renato Casagrande (ES), acredita que o prazo poderá ser estendido. Mas que o momento é de pôr a matéria em votação, mesmo sem unanimidade. ?Vamos chegar a plenário e (a matéria) vai sofrer voto contra. Não será consensual. Acho que toda crise gera oportunidades, e essa mais uma vez mostra a necessidade de se reformular as regras do jogo partidário, do jogo eleitoral?, afirmou Casagrande. ?Podemos aproveitar a crise desgastante e que provoca uma diminuição do poder de nossa representatividade para votar a reforma política e garantir eleições mais legítimas no futuro?, disse. O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse também que a crise poderia ajudar no calendário da aprovação da reforma, tornando-a ainda mais urgente. Porque, segundo ele, a reforma vai mexer no processo de votação, fortalecer a federação e a fidelidade partidária e o financiamento público das campanhas. ?Acho que a circunstância existe. E o Brasil precisa muito dela (reforma) para dar verdade eleitoral, para dar transparência ao processo político e novos parâmetros à Justiça eleitoral?, falou. O fim das coligações nas eleições proporcionais, por exemplo, prevê a criação de federações partidárias, às quais os partidos deverão permanecer filiados por no mínimo três anos.

A reforma já foi aprovada no Senado e alterada na Câmara dos Deputados. O texto final está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

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