Recuo da inflação em função dos alimentos é “muito relevante”, diz técnica

Rio de Janeiro – A queda da inflação no mês de setembro é bastante significativa, na avaliação da coordenadora da pesquisa Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Eulina Nunes, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo ela, não houve apenas recuo da taxa de 0,47% em agosto para 0,18% em setembro. "Na verdade é uma redução bastante brusca que se deve principalmente aos alimentos, que passaram de 1,39% para 0,44%. Esse é um fator muito relevante".

Para a coordenadora o acumulado do ano tem um perfil bastante diferente, apesar de ter ficado em 2,99%, acima do total de igual período de 2006 (2,00%).

"Neste ano o que se observa é que a pressão veio forte a partir dos alimentos, com preços altos por conta de chuvas no início do ano. No meio do ano o fator relevante de pressão foi o item leite e derivados tendo em vista a forte demanda interna e os preços altos do mercado internacional".

Segundo Eulina Nunes, este ano tem um perfil bastante diferente de anos anteriores, quando os preços dos alimentos foram "um benefício" para a inflação no sentido de conter a taxa.

"A história do ano de 2007, no que se refere ao IPCA, está mais ou menos delineada: uma pressão forte nos preços dos alimentos mas, por outro lado, um benefício, no sentido de conter a taxa dos preços administrados e, sem dúvida alguma, do câmbio".

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) serve de base para o governo traçar as metas de inflação do país.

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