Quatro policiais são indiciados pela morte de sindicalista no Rio Grande do Sul

Porto Alegre – Quatro policiais da Brigada Militar do Rio Grande do Sul foram indiciados por envolvimento na morte do sindicalista Jair Antônio Costa, de 31 anos. Ele foi assassinado há duas semanas, em Sapiranga, na região metropolitana de Porto Alegre, durante protesto contra o desemprego na região calçadista do estado. Dois sargentos, um tenente e um soldado foram indiciados por homicídio com dolo eventual, porque assumiram o risco de matar.

Durante o anúncio do resultado do inquérito militar, nesta sexta-feira (14), em Porto Alegre, o secretário de Segurança Pública do Estado, José Otávio Germano, disse que um dos sargentos é apontado como autor do crime e que todos tiveram pedido de prisão preventiva. "Os demais participaram da imobilização do sindicalista, que foi asfixiado com um cassetete".

Segundo o secretário, outros quatro PMs – um major, um capitão, um soldado e um sargento – também foram indiciados por ameaça, constrangimento e prisão ilegal. "Mais três brigadianos vão responder a processo administrativo por transgressão disciplinar e cinco dos PMs envolvidos já foram afastados de suas funções".

Otávio Germano não revelou os nomes dos envolvidos e afirmou que o governo cumpriu com seu compromisso na apuração do inquérito militar. "Infelizmente não podemos devolver a vida do sindicalista, mas era nossa obrigação oferecer uma resposta à sociedade gaúcha, sem nenhum tipo de protecionismo".

O inquérito, conduzido pelo tenente-coronel Luiz Fernando Maieski e acompanhado pelo promotor do Júri de Sapiranga, Marcelo Thormann, foi concluído na quinta-feira (13) e já está na Justiça Militar.

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