“Qualquer erro pode mudar resultado”, diz Múcio sobre CPMF

O novo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro preferiu adotar um discurso cauteloso ao comentar as negociações com o Senado para que o governo consiga aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. "É um clássico. Qualquer erro, qualquer jogada mal jogada pode mudar o resultado pra qualquer dos dois times. Por isso precisa ter habilidade e consciência que todos estão trabalhando para ganhar", disse.

Ao ser indagado se o governo poderia ceder na negociação, ele afirmou: "A negociação tem sido feita pelo ministro Mantega (Guido Mantega, da Fazenda) com os senadores. De maneira que vou apenas ajudar na conversa política, vou tomar ciência na primeira reunião, de manhã sobre as coisas que estão sendo combinadas, nos espaços que foram cedidos e se há alguma margem para se conversar".

José Múcio declarou que CPMF não é uma "questão do governo Lula, é uma questão do Brasil, da necessidade do orçamento, que serve a todos os brasileiros, gostando ou não gostando do governo." Múcio disse que não recebeu novo conselho do presidente para a negociação, uma vez que já vinha participando das conversas com o líder do governo na Câmara.

Diplomático, ao ser questionado se o PSDB era fundamental para a negociação, respondeu: "Todos são. Principalmente quem está na gestão e o governador está na gestão do seu Estado." Ele lembrou a importância dos governadores na negociação. "Mesmo sendo governadores de um partido de oposição, em sabendo do problema, são parceiros.

Sobre o voto dos tucanos no Senado, Múcio lembrou que o PSDB é um partido com posição firmada de oposição ao governo, mas é "composto de homens responsáveis, tem responsabilidade com o Brasil". "É com essa esperança que vamos separar o discurso político, o discurso com perspectiva eleitoral para o mundo real", afirmou.

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