O Diretório Nacional do PT, por meio da Secretaria Nacional de Mobilização, deve iniciar a partir desta segunda-feira (30) uma série de atividades partidárias em apoio à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, ainda que ele não tenha anunciado sua decisão. A idéia é que os diretórios promovam debates, atos, manifestos e abaixo-assinados colhendo apoios à candidatura e orientem suas lideranças a participar.
A iniciativa não pretende interferir no tempo que o presidente precisa para tomar sua decisão, mas que sirva como mais um elemento para subsidiá-la. O PT, segundo nota distribuída, salienta que o diálogo com a sociedade servirá para apontar os avanços do governo e fazer um resgate histórico dos quase 26 anos de história do PT. O partido comemora 26 anos no próximo dia 10 de fevereiro.
Enquanto o foco da campanha deste ano é a presidência da República, no qual tanto o PT quanto o PSDB vão investir os seus maiores esforços, o segundo maior orçamento da República está ficando em segundo plano. O Estado de São Paulo que há 12 anos é governado pelo PSDB, está sendo cobiçado pela oposição. O líder atual das pesquisas é um político decadente, o ex-governador Orestes Quércia, do PMDB. O governador Geraldo Alckmin não pode disputar a reeleição e tenta conquistar a indicação do partido para enfrentar Lula.
Os dois nomes do partido para a sucessão de Alckmin estão longe de serem fortes eleitoralmente. Tanto José Anibal quanto Alberto Goldman não se despontam como lideranaças capazes de manter a hegemonia tucana no Palácio dos Bandeirantes. É nesta brecha que o senador Aloizio Mercadante (PT) pensa em entrar e acredita ter chances de sucesso. Ele disse na sexta-feira à noite, em Ribeirão Preto, que, se perdesse 3 milhões dos votos conquistados nas eleições de 2002, ainda assim terminaria na liderança no primeiro turno à sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006.