PT abrirá mão de cargos na reforma ministerial

Montevidéu – O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) indicou ontem que o Partido dos Trabalhadores pode perder postos na reforma ministerial prevista para a próxima semana. Falando em Montevidéu, no Uruguai, Mercadante reiterou que a reforma caminha na direção de "fortalecer aliados". Quando perguntado por jornalistas se o PT ia perder ministérios, Mercadante disse que "a reforma vai nesse sentido, de fortalecer a participação dos aliados e aumentar a eficiência em algumas áreas em que poderemos fazer mais do que já fizemos".

Na terça-feira, o senador informou a jornalistas que a reforma seria anunciada a partir da próxima semana, após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os senadores do PMDB Renan Calheiros e José Sarney, agendada para segunda-feira. O PMDB já ocupa duas pastas (Comunicações e Previdência) e as negociações levam em conta o aumento ou a atual configuração da participação da legenda na equipe de Lula.

É dado como certo que a senadora Roseana Sarney (PFL-MA) se desligará do PFL e ocupará um ministério. E, até a eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), especulava-se que o PP teria um posto na equipe de governo.

Mercadante acompanha o presidente em visita ao Uruguai, onde ocorreu na terça-feira a posse de Tabaré Vázquez, o primeiro presidente de esquerda eleito do país. Nesta manhã, Lula já se reuniu com o presidente do Peru, Alejandro Toledo, e logo depois iniciou encontro com os presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez. Em seguida, a comitiva presidencial se dirige para a cidade de Paysandú, a cerca de 400 quilômetros da capital, onde Lula inaugura uma fábrica de malte ampliada da cervejaria Ambev.

Ontem o presidente do PT, José Genoino, confirmou que recebeu telefonema do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), cobrando uma posição oficial do partido sobre o desejo de reassumir a coordenação política.

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