Promotoria denuncia cinco PMs por morte de servente

O Ministério Público de São Paulo denunciou na última sexta-feira os cinco policiais militares envolvidos na morte do servente Paulo Batista do Nascimento, 25. O crime aconteceu no dia 10 no bairro de Campo Limpo, zona sul de São Paulo.

A ação dos policiais foi filmada por uma testemunha.

Foram denunciados por homicídio duplamente qualificado o tenente Halston Kay Tin Chen, 24, os soldados Diogenes Marcelino de Melo, 37, Jailson Pimentel de Almeida, 39, Marcelo de Oliveira Silva, 32, e Francisco Anderson Henrique, 32.

O promotor Felipe Eduardo Levit Zilberman também pediu a prisão preventiva dos policiais, que estão presos temporariamente no presídio Romão Gomes, da Polícia Militar.

Na denúncia, o promotor aponta os soldados Silva e Almeida como os autores dos disparos que mataram o servente.

Para Zilberman, os policiais cometeram o “crime por motivo torpe, por vingança, querendo fazer justiça com as próprias mãos e, além disso, não deram chance de defesa à vítima.”

Imagens do crime

Imagens feitas por cinegrafista amador por um aparelho celular e divulgadas pelo “Fantástico”, da Rede Globo, revelaram que a morte de Paulo não foi como os PMs contaram. O suspeito estava dominado quando foi baleado por um dos policiais.

Testemunhas ouvidas pela Folha de S.Paulo disseram que, após o disparo – momento em que o cinegrafista se esconde e perde o foco -, Paulo conseguiu fugir dos PMs e se esconder em mercadinho na mesma rua. Lá dentro, foi novamente baleado e arrastado para a rua. A versão foi contada por cinco moradores em diferentes pontos da região.

De acordo com Polícia Civil, Paulo recebeu três tiros (nos braços e um no peito). Dois tiros, segundo a polícia, foram dados pelo soldado Marcelo de Oliveira Silva.

Já com relação a Gefferson, os vizinhos também afirmam ter havido uma “execução” – que os PMs também atiraram no rapaz já rendido e que as cenas de motos caídas, como apareceram nas imagens de TV e jornais, foi armada.

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