Promotor nega liberdade provisória a fazendeiro

Belém – O promotor Lauro Freitas Júnior, do caso do assassinato da missionária Dorothy Stang, disse ontem que vai dar parecer contrário à liberdade provisória do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ter encomendado a morte da missionária.

Segundo o promotor, existem indícios suficientes de que Bida seja o mandante do crime e por isso ele deve permanecer na cadeia. Outro argumento do promotor é o fato de o fazendeiro ter ficado 42 dias foragido e que, em liberdade, poderá voltar a obstruir o trabalho da Justiça.

Lauro Freitas Júnior disse que vai aguardar um novo depoimento dos outros três acusados para encaminhar o parecer ao juiz Lucas do Carmo, da comarca de Pacajá. O advogado de Bida, Américo Leal, afirmou que não há provas de que o fazendeiro mandou matar a missionária americana e por isso pediu a liberdade provisória do cliente.

CPMI da Terra

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Terra convocou outros dois acusados de cometer crimes no Estado do Pará para depor ontem. José Décio Barroso Nunes, o Delsão, é acusado pelo assassinato de trabalhadores rurais e não compareceu à audiência pública promovida pela comissão na última semana em Parauapebas (PA). O segundo é o fazendeiro Francisco Quincó, acusado de grilagem de terras e de expulsar trabalhadores rurais, à força, de terras de propriedade da União.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém (PA), Maria Ivete Bastos, informou que tem sido ameaçada de morte por causa das denúncias que fez contra o fazendeiro.

Corumbá

A artesã Simone Lima Pinho, 26 anos, desaparecida no município baiano de Lençóis, em 26 de junho de 2000, está entre as vítimas do artesão José Vicente Matias, o ?Corumbá?, serial killer preso há uma semana em São Luís, no Maranhão. Além de contar em detalhes como matou a moça, Corumbá disse ter violado o cadáver antes de ocultá-lo sob um monte de pedras, numa trilha a três quilômetros da saída da cidade.

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