Procurador-geral dá 20 dias para Roriz apresentar defesa

  José Cruz / ABr
José Cruz / ABr

Roriz disse que o dinheiro era um empréstimo para a compra de um bezerra.

Brasília – O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, abriu procedimento administrativo contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). O senador tem 20 dias para dar explicações sobre as denúncias de envolvimento com desvio de recursos do Banco de Brasília (BRB). O senador foi flagrado em escutas telefônicas conversando com um amigo sobre a divisão de recursos. Em sua defesa, Roriz disse que o dinheiro era um empréstimo para a compra de um bezerra, que seria usada em suas empresas agropecuárias.

Gravações feitas pela Polícia Civil, com autorização judicial, mostram conversa entre Roriz e o ex-presidente do banco, Tarcísio Franklin de Moura, combinando o local de entrega de R$ 2,2 milhões. Em discurso na tribuna do Senado na semana passada, Roriz disse que parte destes recursos – R$ 300 mil – foi um empréstimo feito junto ao empresário Nenê Constantino, dono da Gol, para o pagamento de um animal. O restante do dinheiro teria sido devolvido em dinheiro ao empresário.

Após as explicações do senador, que devem ser dadas por escrito, o procurador-geral da República pode pedir abertura de inquérito se achar que há elementos suficientes. Antonio Fernando de Souza também deu prazo para três parlamentares darem explicações sobre denúncias da Operação Navalha, que desarticulou um esquema que fraudava licitações de obras públicas e de desviava recursos de programas federais.

Os parlamentares são: os deputados federais Maurício Quintela (PR-AL), Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros, e Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA).

Voltar ao topo