Procurador acusa Google de apagar provas de pornografia infantil

O procurador da República no Estado de São Paulo, Sérgio Suiama, acusou nesta quarta-feira (9) a Google, dona do site de relacionamentos Orkut, de apagar provas de crimes de pedofilia, ao tirar do ar as páginas denunciadas pelos usuários. A acusação foi feita em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, no Senado, em Brasília.

Segundo Suiama, a simples retirada do ar das páginas destrói provas contra os criminosos, impedindo a investigação. O ideal, disse, seria que as páginas fossem tiradas do ar e arquivadas por um certo período, durante o qual ficariam à disposição do Ministério Público e da polícia.

A zona livre para os crimes, segundo o procurador, são os álbuns de fotografia do Orkut, com acesso restrito. Suiama afirmou que em 75% dos álbuns, há troca de imagens com pornografia infantil.

Responsabilidade

O procurador relatou aos parlamentares que a matriz da Google, na Califórnia, atrapalha apurações de crimes no Orkut ao impedir a filial brasileira da empresa de responder a ordens judiciais. Segundo Suiama, a companhia defende que o escritório no Brasil só trate de questões comerciais. Isso obriga as autoridades brasileiras a enviarem qualquer pedido de informação aos Estados Unidos. "Os crimes cometidos por usuários no Brasil são nacionais", afirmou o procurador. "A filial brasileira é que deve responder por eles."

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