Prisão de Juvenil constrange PT mineiro

Belo Horizonte (AE) – Apesar do constrangimento causado ao partido, petistas mineiros ligados à Igreja Católica demonstraram desconforto ontem com a decisão da Executiva do PT de Minas Gerais de suspender a filiação do deputado eleito Juvenil Alves (PT). Alves, que foi o mais bem votado candidato do partido a deputado em Minas na eleição passada (110.651 votos), foi preso, temporariamente, durante a Operação Castelhana, deflagrada ontem (23) pela Polícia Federal (PF).

Ele é apontado pela PF e o Ministério Público Federal (MPF) como o articulador de uma organização criminosa especializada em crimes financeiros que teriam causado prejuízo de pelo menos R$ 1 bilhão aos cofres públicos. ?Eu respeito e me silencio diante do que o partido fez?, disse o embaixador do Brasil em Cuba, Tilden Santiago. Santiago afirmou que apoiou e participou da campanha de Alves porque entende que ?ele pode ser um bom componente da bancada e colaborar com governo Lula? pelos conhecimentos em Direito Tributário e Internacional.

Responsável pela reaproximação do deputado eleito do PT de Minas Gerais com a legenda – com quem fez uma ?dobradinha? na última eleição -, o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) divulgou uma nota em que se diz ?atônito? com o episódio, mas cobra o ?cumprimento do princípio constitucional da presunção da inocência?. ?O deputado federal eleito Juvenil Alves, assim como todo e qualquer cidadão brasileiro, tem o direito à ampla defesa não podendo ser previamente condenado, inclusive pelo Partido dos Trabalhadores.? A decisão de ?suspender, preventiva e temporariamente? os vínculos partidários de Alves, foi avalizada pelo presidente nacional da sigla, Marco Aurélio Garcia. 

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