Presidente do Senado diz que é vítima de ‘politicagem regional’

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que está sendo vítima de "politicagem regional" e alvo de "matérias jornalísticas profundamente indignas". Ele discursou nesta terça-feira (14) no microfone do plenário e se comparou ao filósofo grego Sócrates, "condenado a beber cicuta na prisão, em Atenas, por um tribunal político que o julgou em nome de ressentimentos e por motivos distanciados da verdade".

Calheiros começou o pronunciamento dizendo que renovava sua "mais profunda indignação com a incessante campanha de imposturas" de que estaria sendo vítima. Segundo o senador, seus inimigos, não satisfeitos em acusá-lo, "buscam fomentar a cizânia, criar mexericos" para lançá-lo contra outros senadores. "Também não vão conseguir. Trata-se de uma prática antidemocrática e repulsiva. E eu tenho a satisfação de poder dizer que só fiz amigos nesta Casa", declarou.

Ao mencionar Jefferson Péres, Calheiros disse que este é um dos parlamentares que já foram alvo desse mesmo tipo de intriga. "Declaro de público, para desfazer de uma vez por todas as notas jornalísticas maldosas, que tenho muito apreço e total respeito pelo senador Jefferson Péres, caráter sem jaça, referência moral figura ímpar a quem reconheço como paradigma a ser seguido." Péres foi o primeiro a pedir que Calheiros se licenciasse do cargo de presidente do Senado.

Ao falar do líder do DEM, José Agripino, o presidente do Senado disse que todos sabem de seu "apreço" por Agripino e que gostaria de abraçá-lo publicamente. "Para reiterar minha admiração por ele." Ele voltou a acusar a revista Veja de fomentar as acusações contra ele.

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