Presidente da Infraero descarta levar vôos comerciais para Jundiaí

O presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, disse nesta quarta-feira (15) que o aeroporto de Jundiaí, a 55 quilômetros de São Paulo, vai receber algumas melhorias para atender apenas a aviação geral. Antes da vistoria feita no aeroporto, o governo chegou a pensar que poderia transferir ao menos uma pequena parcela dos vôos comerciais para Jundiaí, ainda que precisasse fazer algumas adaptações. Contudo, após a visita ao local feita por Gaudenzi e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, a idéia foi abandonada. "Para vôo comercial, não dá", declarou Gaudenzi. Mesmo para o atendimento à aviação geral, que em grande parte deixará de operar em Congonhas, o aeroporto de Jundiaí precisará passar por algumas adaptações e aquisições de equipamentos.

Em relação ao aeroporto de Viracopos, em Campinas, o presidente da Infraero disse que precisará também de algumas melhorias para receber os vôos que serão transferidos de Guarulhos e de Congonhas. Segundo Gaudenzi, a pista de Campinas é muito boa, assim como a sala de embarque, além do fato de que o aeroporto fecha poucos dias no ano. Comentou, no entanto, que o aeroporto possui muitas lojas, que precisariam de ser removidas para serem transformadas em área de check-in. Ele citou ainda a necessidade de se discutir com o governo de São Paulo a criação de um transporte rápido entre Campinas e a capital, para tornar o acesso a este aeroporto mais fácil.

Guarulhos

Em relação ao aeroporto de Guarulhos, Gaudenzi informou que Jobim vai conversar com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para resolver alguns gargalos que considera importantes de serem eliminados. Citou, por exemplo, a área de conferência de passaportes para passageiros de vôos internacionais. Para ele, não adianta ter dez posições de vistoria de passaporte e só duas pessoas trabalhando, o que acaba formando extensas filas. Sobre a construção da terceira pista de Guarulhos, o presidente da Infraero disse que ainda está em estudo. Ele comentou que sobrevoou com Jobim a área do aeroporto e que seis mil famílias ocupam o local e precisariam ser transferidas para outro setor. Segundo o presidente da Infraero, se houver alguma decisão em relação à terceira pista, o governo terá de fazer um trabalho junto à população que ali reside.

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