Preocupação do Brasil é sustentar o crescimento, diz presidente da CNI

Brasília – Se, há cerca de um ano, a principal preocupação dos empresários brasileiros reunidos no 1º Encontro Nacional da Indústria (Enai) era com o crescimento da economia, o debate da segunda edição do evento gira em torno do desenvolvimento sustentável.

?Se o país mantivesse a mesma taxa de crescimento da renda per capita do período de 1985 a 2005, levaríamos 100 anos para dobrar nossa renda per capita. Ou seja, um século para atingir o nível de renda semelhante ao de Portugal?, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. "Mas nosso desafio já é outro. Não basta crescer. Temos de ampliar ou, pelo menos, manter o atual ritmo de crescimento, de forma sustentada?.

Segundo ele, embora o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas de um país) venha demonstrando evoluções positivas, isso não afasta "inquietações" sobre a sustentabilidade do crescimento. Em 2006, o PIB brasileiro cresceu 3,7%.

Monteiro Neto participou nesta segunda-feira (22) do 2º Enai, que reúne até amanhã representantes de 1,2 mil sindicatos de indústrias, dirigentes de federações e associações industriais.

Na pauta de discussão, a agenda empresarial para o crescimento da economia e o fortalecimento do associativismo e da representatividade industrial.

Ele também destacou a preocupação com o meio ambiente. Ou seja, da combinação entre crescimento, geração de emprego e preservação ambiental. "A busca de tecnologias mais limpas e processos industriais eco-eficientes é um caminho fundamental para as empresas?.

Para Monteiro Neto, a formação profissional também é importante nesse processo.

?No momento em que a economia brasileira apenas começa a retomar patamares minimamente adequados de crescimento, as necessidades de mão-de-obra já estão se fazendo presentes e impõem uma profunda revisão da formação profissional, tanto na dimensão quantitativa quanto qualitativa?.

A partir dos debates, os empresários vão finalizar o documento iniciado em 2006, na primeira edição do Enai, com avaliações sobre as condições e as perspectivas da economia brasileira, além de sugestões para garantir o crescimento sustentado do país. O documento será entregue ao Executivo e ao Legislativo.

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