PPS nacional intervém no partido em Alagoas

Brasília

(Das agências) – O PPS decretou a intervenção no Diretório de Alagoas para anular a decisão do partido de celebrar aliança com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo do Estado. “Por mais amargo que seja o remédio, deve ser aplicado”, disse o deputado João Hermann. “Estamos enviando neste momento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a resolução número 003 do partido, considerando nulos os atos da conveção estadual no que dizem respeito à coligação para a eleição majoritária (de Collor)”.

A decisão foi tomada um dia depois de o candidato a presidente pela Frente Trabalhista, Ciro Gomes, ter dito que o apoio do PPS ao ex-presidente não foi discutido pelo partido nacionalmente e que ele foi contra a medida. Ainda segundo ele, a decisão do PPS de Alagoas não significava um apoio formal a Collor e ocorreu por causa da verticalização determinada pela Justiça Eleitoral. Gomes afirmou que vai continuar apoiando seu candidato ao governo de Alagoas, Geraldo Sampaio (PDT), um dos partidos que integra a Frente Trabalhista.

Intervenção

Ontem, o candidato a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, defendeu a intervenção. “Foi uma aliança individualizada e deve ser desfeita”, afirmou. O ex-presidente da Força Sindical esteve em Campinas para se reunir com sindicalistas e políticos da região, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis.

O sindicalista reconheceu que a exposição na mídia e o apoio da atriz Patrícia Pillar foram determinantes para o crescimento de Ciro Gomes nas pesquisas de intenção de voto. De acordo com a pesquisa Ibope divulgada anteontem à noite, Ciro passou de 18% para 22% das intenções de voto, e isolou-se em segundo lugar na disputa pelo Planalto.

“O tiro saiu pela culatra. Eles impediram o Ciro de aparecer e a Patrícia ajudou a conquistar votos”, comentou. Paulinho avaliou que o PPS apresentou “boas propostas e mostrou que sabe como executá-las” e deverá crescer ainda mais nas pesquisas.

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