Policiais rodoviários iniciam operação padrão para pressionar governo

Brasília – Policiais Rodoviários Federais de todo o país iniciaram nesta quarta-feira (18) às 8 horas uma operação padrão para pressionar o governo a reabrir negociações com a categoria.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Distrito Federal, José Nivaldino Rodrigues, as discussões sobre melhoria de salário e a carreira foram interrompidas em novembro e nunca mais retomadas. Ele disse que o ministério do Planejamento tinha prometido retomar as negociações no início do ano. ?Até momento não recebemos sinalização de reabertura?.

A categoria quer a mudança da carreira de policial rodoviário federal para nível superior, a contratação de 10 mil policiais em todo o país, e a correção de distorções salariais. O inspetor Rodrigues disse que a Lei 11.358 diminuiu o salário dos policiais de R$ 6.200 para R$ 5.084 e, como a redução é inconstitucional, eles recebem um complemento de R$ 1.116.

A reclamação da categoria é que eventuais aumentos de salário incidem sobre o salário-base (R$ 5.084). Quando essa parte da remuneração aumenta, o complemento diminui, mantendo o rendimento sempre nos R$ 6.200.

O presidente do sindicato garante que a categoria está preparada para entrar em greve, mas será o último recurso. Antes disso, se o Ministério do Planejamento não retomar as negociações, eles pretendem fazer outra operação padrão no dia 1º de agosto, uma mobilização no Congresso no dia 8 e uma caminhada Esplanada dos Ministérios no dia 29 de agosto.

Rodrigues afirmou que o único estado que não aderiu à operação padrão foi o Rio Grande do Sul. No Distrito Federal, caminhoneiros ficaram retidos no congestionamento provocado pela operação padrão por até duas horas.

O líder sindical reconhece que a operação causa dificuldades, mas diz que poucos motoristas reclamaram. ?Sempre há reclamação, porque sempre causa transtorno no trânsito, mas esse é o instrumento que escolhemos e a gente tem que estar preparado para ouvir as reclamações. E elas são menos freqüentes do que se imagina. Até momento só um ou dois motoristas se mostraram indignados?.

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