Policiais dizem que comandante barrou ação da Rota

Policiais da Rota contaram que foram proibidos por seu comandante de participar do cerco à quadrilha que roubou um banco, na sexta-feira (7), em Guarulhos, na Grande SP. Mas um grupo de PMs teria descumprido a ordem e ao voltar para o Batalhão Tobias Aguiar prestaram depoimento na Seção de Justiça e Disciplina (SJD). O assalto foi uma ação executada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e que terminou com três mortos, 12 feridos e dois bandidos presos. Foi a maior e mais violenta perseguição do ano no Estado de São Paulo.

Os policiais concordaram em dar entrevista com a condição de não serem identificados. Eles contaram que assim que a notícia sobre o assalto ao banco chegou à Rota, os PMs foram para o setor de reserva de armas. Mas foram contidos ao receber a ordem enviada pelo comandante da Rota, o tenente-coronel Airton Alves da Silva. “A ordem do comandante era para que os policiais não saíssem do batalhão porque a Rota tem que evitar as ocorrências de confronto (tiroteio), disse um PM da Rota.

O tenente-coronel ainda teria de comunicar os policiais que estavam ruas. “O comandante entrou em contato via rádio com as equipes e transmitiu a ordem expressa de que os policiais não poderiam ir para o local do assalto, nem para a casa, onde estavam os reféns”, disse outro policial da Rota. A ordem não conseguiu conter três ou quatro equipes. Assim que os reféns foram liberados, os PMs retornaram para a base e prestaram depoimento.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, foi aberta uma investigação para apurar a conduta dos policiais que descumpriram a ordem.Ainda segundo a assessoria da PM, a Rota não foi deslocada para a ocorrência porque não havia necessidade. A tropa estava empenhada na segurança das autoridades internacionais que participavam das reuniões do G-20 (grupo formado pelo s sete países mais desenvolvidos e emergentes).