Polícia Federal começa a investigar tráfico de órgãos na Amazônia

Brasília (ABr) – A Policia Federal vai investigar o possível tráfico de órgãos na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. As investigações começaram depois que a pesquisadora da Universidade Nacional da Colômbia, Salima Valdivieso, apresentou uma tese na qual afirma que este tipo de crime pode estar sendo cometido na região.

De acordo com a pesquisadora, os responsáveis pela retirada de órgãos de indígenas e pescadores que vivem na fronteira dos três países, são estrangeiros. Os indígenas afirmam que esse tipo de crime é comum na região. O coordenador do Conselho Geral da tribo Ticuna, Nino Fernandes relatou como o crime seria cometido. ?Eles tem um tipo de balão que voa e tem faróis. Eles enforcam e cortam a cabeça das pessoas.?

Segundo Nino Fernandes, geralmente as vítimas estão sozinhas quando são atacadas. ?Eles correm atrás das pessoas quando ela está só. Quando tem duas ou três pessoas eles não perseguem.? Depois de ter examinado o estudo da pesquisadora, o Ministério do Meio Ambiente enviou notícia-crime ao diretor do Departamento da Polícia Federal, Paulo Fernando, para que o caso seja investigado. A denúncia foi repassada à Polícia Federal de Tabatinga, cidade do Amazonas que faz fronteira com o Peru e a Colômbia.

O delegado da PF em Tabatinga, Marcos Vinicius Lima, informou que será aberto um inquérito para investigar as denúncias. ?Especificamente neste caso vamos fazer uma diligência policial para ver até que ponto isso é real e se de fato está acontecendo no território brasileiro.? A administração regional da Funai em Tabatinga informou que até o momento nenhum indígena ou organização indigenista denunciou o caso.

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