Polícia do RJ investiga assassinato de jornalista

O assassinato do jornalista Valério Nascimento, de 50 anos, morto a tiros ontem, está sendo investigado como crime político ou de vingança pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Nascimento era dono do jornal Panorama Geral e foi assassinado no quintal de casa no distrito de Lídice, no sul fluminense.

Segundo a polícia, além de fazer constantes críticas no jornal às administrações públicas onde circulava o periódico – Rio Claro e Angra dos Reis, no Rio, e Bananal, em São Paulo – a vítima tinha vida política ativa. Era presidente da associação de moradores da região e foi candidato a vereador.

De acordo com o delegado Marco Antônio de Oliveira, da 168ª DP (Rio Claro), Nascimento foi vítima de uma tocaia. “Esperavam por ele dentro do quintal da casa e o alvejaram pelas costas. Como tinha bons antecedentes, achamos que tenha sido por vingança ou algo de cunho político, mas temos várias linhas de investigação”, disse.

O delegado acha improvável que as reportagens com denúncias e críticas às prefeituras, principalmente a de Bananal , com críticas em relação a saúde e saneamento, por exemplo, tenham sido as únicas motivações para o crime. “Como representante comunitário, ele procurava os problemas, mas o jornal teve apenas quatro edições, era muito recente para chegar a este ponto”, disse o delegado. Ele foi presidente de associação comunitária e candidato a vereador, mas não se elegeu. Nenhum suspeito foi preso.

Luto

Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, o prefeito Marcos da Rocha Mendes decretou hoje luto oficial de três dias pela morte do vereador Aires Bessa (PSDB), que cumpria o sétimo mandato. Bessa, de 70 anos, e seu segurança foram executados ontem à noite em uma pizzaria. Segundo a polícia, o parlamentar foi assassinado com um tiro no ombro, por dois homens em uma moto. A polícia ainda investiga as causas do crime.

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