O número de crianças e adolescentes que freqüentam a escola aumentou no País. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgados hoje pelo IBGE, havia no Brasil, em 2006, cerca de 59 milhões de crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos de idade, dos quais aproximadamente 45 milhões freqüentavam escola ou creche (75,8%), porcentual superior ao estimado em 2004 (73,8%).
A região Norte apresentou a menor taxa de freqüência à escola ou creche (69,5%), enquanto o Sudeste tinha a maior (78,5%), segundo mostram os "aspectos complementares" da Pnad relativos à educação. Considerando as unidades da federação, o Rio de Janeiro tinha a maior taxa de freqüência (80,3%) e o Acre, a menor (65,1%). A proporção de crianças de 0 a 3 anos que freqüentava creche em 2006 foi estimada em 15,5%, também superior à de 2004 (13,4%).
A pesquisa mostra ainda que o maior incremento na taxa de escolarização, entre 2004 e 2006, foi observado entre as crianças em idade de cursar o pré-escolar (4 a 6 anos), de 70,5% para 76%. Considerando a faixa de 7 a 14 anos, em idade de cursar o ensino fundamental, a taxa de escolarização ultrapassou 95,0% em todas as regiões. No grupo de pessoas com idade de cursar o ensino médio (15 a 17 anos), a taxa de freqüência era de 82,2% em 2006, variando de 79,1% (Norte) a 85,2% (Sudeste).
A Pnad mostra também uma relação direta entre o rendimento e a escolarização. Enquanto para as crianças e adolescentes de 0 a 17 anos de idade residentes em domicílios com rendimento mensal domiciliar per capita na faixa de sem rendimento a menos de um quarto de salário mínimo, a taxa de freqüência a escola ou creche foi de 69,3%, para aquelas moradoras em domicílios com rendimento per capita de 2 ou mais salários mínimos a taxa atingiu 86,0%.
Para as crianças de 7 a 14 anos de idade, moradoras em domicílios com rendimento per,capita de 2 ou mais salários mínimos, o ensino "praticamente alcança a universalização" (99,7%)