PMDB e PT dominam CPI do Apagão

Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara

Marco Maia e Marcelo Castro: donos dos principais cargos.

Brasília – A CPI que investigará o apagão aéreo foi instalada ontem na Câmara e confirmou, em votação secreta, a escolha do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) para o cargo de presidente. Castro foi escolhido pelo PMDB, maior partido da Casa, com o apoio dos partidos da base aliada ao governo. O placar registrou 16 votos a favor de Castro e oito votos a favor do candidato da oposição, Vanderlei Macris (PSDB-SP), também autor do requerimento da comissão. A votação deixou clara a correlação de forças na CPI.

Também foi confirmado pelo presidente da CPI, o nome de Marco Maia (PT-RS) na relatoria. O preenchimento das vagas cumpre o acordo entre os dois partidos. Além disso, na quarta-feira, o governo orientou os partidos que o apóiam no Congresso a indicar deputados desconhecidos e fiéis ao Palácio do Planalto para a integrar a comissão.

Os partidos da base somam 16 titulares, e a oposição soma oito titulares, ambos com igual número de suplentes. A única dúvida era como votaria o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que integra a base aliada, mas se declara independente. A votação é secreta, mas os parlamentares avaliaram que, pelo placar, Gabeira votou com os governistas.

Também foi eleito como primeiro vice-presidente o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O segundo e o terceiro vice-presidentes serão eleitos na próxima reunião da CPI, marcada para a próxima terça-feira, às 11h.

Pelo regimento, a oposição tem direito ao segundo vice. Isso desencadeou o primeiro bate-boca na comissão. Antes mesmo do início da eleição do presidente da CPI, o líder do PPS, Fernando Coruja (SC), lembrou que o cargo de segundo vice-presidente caberia à oposição, o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) retrucou, aos berros, que ninguém levaria o que não tinha direito. 

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