Petrobras confirma Kardec na área de biocombustíveis

O nome do atual assessor da presidência da Petrobras e ex-gerente executivo de refino da estatal, Alan Kardec, foi confirmado para comandar a nova empresa subsidiária da companhia que cuidará da área de biocombustíveis. A confirmação foi feita nesta quarta-feira (5) pelo diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que está participando de uma série de eventos no Porto de Suape (PE), acompanhando o governador Eduardo Campos e o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

O nome de Kardec vinha sendo cotado desde meados do ano passado para assumir a própria diretoria comandada por Costa. Indicado político do PTB, Kardec chegou a se envolver em uma discussão com o diretor por esse motivo, segundo fontes, e em agosto do ano passado foi destituído do cargo.

Funcionário de carreira da Petrobras, Kardec então foi chamado pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para ocupar uma assessoria de biocombustíveis ligada diretamente à presidência. Desde então, os rumores de que ainda poderia substituir Costa em seu cargo só aumentaram, principalmente após a possibilidade de o atual diretor ser transferido para a cadeira da área de Exploração e Produção, hoje ocupada por Guilherme Estrella.

Para a empresa de biocombustíveis, que já vem sendo chamada no setor de "Biobras" – apesar da Petrobras negar que haja um nome oficial – estava sendo cotado o ex-diretor internacional, Nestor Cerveró.

Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, a nova empresa, que deve ser criada em um prazo máximo de seis meses, ficaria com os ativos de produção de álcool e biodiesel (usinas e plantas de processamento), além da exportação do etanol. O restante (logística e distribuição) continuariam sob o comando do Abastecimento.

Em entrevista em Suape, Costa foi categórico ao afirmar que apenas a parte de produção seria destinada à nova empresa. "A comercialização, e isso inclui a exportação de álcool, continua conosco (na diretoria de Abastecimento e Refino)", disse, salientando a importância da criação da nova empresa para gerir ativos da Petrobras que não estão ligados a sua principal atividade, ou seja, ativos agrícolas.

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