Pesquisa mostra que Rio tem população envelhecida

Doenças dos aparelhos circulatório e respiratório e câncer estão entre as principais causas de morte de idosos no Rio, segundo pesquisa divulgada ontem, pela prefeitura do município do Rio de Janeiro, que analisou dados entre 1979 e 2003. Nesse período, a taxa de mortalidade entre crianças com menos de um ano caiu de 11,5% para 2,7%. E os idosos, que em 1979 representavam a metade dos óbitos, passaram a responder por 64,8% das mortes em 2003.

A análise da prefeitura, com base nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, fortifica a tendência que vem sendo apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): a de que a população está envelhecendo.

No Rio, dois em cada três mortos são idosos. Um em cada quatro falecimentos é de pessoas acima dos 80 anos. ?O que se percebe nessa série histórica é que houve aumento da freqüência de óbitos nas faixas etárias mais velhas. As pessoas estão chegando aos 80 anos. Em 1979, de cada 100 mortos, 13 ou 14 pessoas tinham essa idade. Em 2003, eram 25 por 100 mortos?, disse a gerente de informações epidemiológicas da Secretaria Municipal de Saúde, Rosanna Iozzi, que dividiu o trabalho com o técnico Alcides Carneiro, do Insituto Pereira Passos.

Infartos e AVCs (acidente vascular cerebral) são as maiores causas de morte entre idosos. Correspondem a 36% dos óbitos. Esse índice já foi maior, alcançava 58,1% das mortes em 1979. Ao longo dos anos, cânceres responderam por cerca de 16% das mortes. Nos homens, a doença se concentrou na traquéia, brônquios e pulmões, e, em seguida, na próstata. As mulheres morreram mais por câncer de mama, seguido de cólon, reto e ânus.

As doenças do aparelho respiratório foram responsáveis por 13,5% das mortes em 2003. Um em cada oito idosos morreram de pneumonia, asma, bronquite ou enfisema. Em 1979, esse índice era de 7,8%. Doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais, como diabetes, respondem a 7% dos falecimentos, seguido de causas externas (acidentes, homicídios e suicídios), que correspondem a 3,4% das mortes.

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