Peritos acreditam que menina foi sufocada antes de cair

Profissionais do Instituto Médico-Legal (IML) acreditam que a menina Isabella de 5 anos, que morreu ao cair do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo, tenha sido sufocada antes da queda. Um morador do prédio relatou à polícia ter ouvido gritos de uma criança pouco antes do crime. ?Não bate em mim?, teria dito a menina. O morador, no entanto, não soube dizer se a criança que implorou para não apanhar era Isabella. O depoimento da testemunha, que é conselheiro do condomínio, foi colhido anteontem no 9º DP.

Os profissionais do IML que trabalham no laudo observaram características típicas de estrangulamento no corpo da menina, como a língua e a extremidade das unhas arroxeadas. O delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º DP, afirmou que exames preliminares indicaram que a queda pode não ter sido o motivo da morte de Isabella.

Os legistas estranharam um ferimento na testa e outro nas coxas da menina. Inicialmente, eles acreditavam que as feridas eram mordidas. Mas, após análise, a hipótese foi descartada. A camiseta azul da menina estava rasgada nas costas. Oficialmente, o diretor do IML, Hideaki Kawata, afirma que, por ora, não tem condições de dizer se a garota foi agredida. ?Ela morreu em decorrência da queda, isso é fato?, disse Kawata. ?Nesse momento qualquer afirmação diferente dessa é especulação.

Desde o início das investigações, a polícia crê em assassinato. Isabella caiu do 6º andar do edifício London na madrugada de sábado. Ela estava no apartamento do pai, o consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni e da madrasta Anna Carolina Trotta.

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