Participante de uma fuga de presos, Alexandro da Silva Almeida foi condenado ontem, em júri popular, por homicídio duplamente qualificado, três tentativas de homicídio duplamente qualificados e furto qualificado pela subtração de duas armas da Polícia Militar. O julgamento, realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, teve duração de mais de 11 horas.
Almeida participou, em maio de 2001, juntamente com outros três réus, do resgate de 13 presos na Rodovia Castelo Branco, enquanto eram transportados para uma penitenciária no interior do Estado. Dentre os libertados estava José Carlos Rabelo, o “Pateta”, e Alexandre Pires Ferreira, vulgo “ET” ou “Máscara”, pertencentes ao alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC).
O juiz Emanuel Brandão Filho fixou pena de 45 anos e 5 meses de prisão em regime fechado. O réu, que havia obtido o direito de aguardar o julgamento em liberdade por ordem de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), teve ontem a sua prisão decretada.
De acordo com a promotora de Justiça Patrícia Salvador Veiga, a ação violenta desencadeada na Rodovia Castelo Branco reuniu cerca de 20 pessoas que utilizaram diversos veículos para praticar resgate, o que provocou a morte de um policial militar e deixou três pessoas feridas.