Parentes de guardador temem a polícia

Rio – Parentes do guardador de carros Leandro dos Santos Silva, de 24 anos, executado anteontem na Favela Parada de Lucas, na zona norte do Rio, temem por suas vidas. Eles não têm para onde ir e rejeitam proteção da mesma polícia que matou Silva, depois de extorquir R$ 1.000 dele. Os oito PMs acusados, que estão presos, negaram o assassinato em depoimento de mais de dez horas. Eles voltaram a dizer que o guardador estava armado e que houve troca de tiros. Um dia antes do crime, Silva havia denunciado a extorsão dos PMs à Inspetoria Geral de Polícia, na companhia de uma líder comunitária da favela e de três comerciantes que também foram achacados. Ele contou que foi espancado e torturado num galpão próximo à favela no dia 21. O inspetor-geral, coronel João Carlos Rodrigues, afirmou que, apesar de os PMs terem prometido voltar para tomar mais R$ 1.000 de Silva, ele abriu mão da proteção, por considerar que não era necessário.

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