Para PPS, permanência de Garcia é “insustentável”

O PPS pediu nesta sexta-feira (20), em nota, a demissão do assessor especial da presidência da República, Marco Aurélio Garcia, que fez gestos obscenos contra os críticos que atribuem ao governo a responsabilidade pelo desastre do vôo 3054 da TAM, na terça-feira. Os gestos foram feitos ontem à noite, quando Garcia soube que um defeito mecânico na aeronave poderia ter sido a causa da queda do Airbus, em que morreram 190 pessoas. "Está evidente que é insustentável a permanência desse senhor no governo, que multiplicaria o escárnio do episódio e submeteria a nação a monstruosa humilhação", afirma na nota, o presidente do PPS, Roberto Freire.

O gesto de Garcia demonstra, segundo a nota do PPS, que o governo está mais preocupado com os danos que a explosão do Airbus pode causar à imagem do governo do que com a dor dos parentes das vítimas ou com a tomada de providências contra o caos aéreo, que já dura dez meses. "Causa Repulsa a qualquer brasileiro assistir pela TV as cenas protagonizadas pelo assessor presidencial", afirma a nota.

O informe acrescenta ainda que "a atitude de Garcia se soma ao comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não dizer nenhuma palavra de pesar às famílias das vítimas ou explicar à nação o porquê da negligência com o setor aéreo do País. A impressão que temos é a de que o gesto (do assessor) espelha a visão do governo sobre o acidente, elaborada a partir da preocupação com o dano que pode causar à imagem e à popularidade do presidente, o que é de todo deplorável.

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