Para MP, padre Júlio Lancellotti foi vítima de extorsão

Documento enviado pelo Ministério Público (MP) paulista ao juiz da 31ª Vara Criminal de São Paulo (Barra Funda), Caio Farto Salles, classifica o padre Júlio Lancellotti como vítima de extorsão de uma quadrilha formada pelo ex-interno da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) – atual Fundação Casa – Anderson Batista, sua mulher, Conceição Eletério, e os irmãos Evandro e Everson Guimarães. O documento foi enviado pelo MP há cerca de dez dias.

O MP conclui que "não resta dúvida de que os acusados associaram-se em quadrilha com a finalidade de praticar reiteradamente delitos de extorsão contra a vítima (padre Júlio Lancellotti) e que esses delitos ocorreram de forma continuada desde o ano de 2004." A conclusão do inquérito policial, em novembro do ano passado, também classificou Lancellotti como vítima de extorsão.

Em depoimento à polícia, Batista negou o crime. Ele disse que mantinha relações sexuais com o religioso desde os 16 anos e afirmou que o padre lhe dava dinheiro espontaneamente. Seu advogado, Nelson Bernardo da Costa, chegou a afirmar que o padre havia dado mais de R$ 600 mil a seu cliente.

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