Para ex-presidente, caso Renan deve ser resolvido ‘de maneira taxativa’

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quarta-feira (20) que espera que a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seja resolvida de "maneira taxativa". FHC, que participou de um evento em São Paulo sobre células-tronco, destacou a necessidade de esclarecer as denúncias, seja para absolvê-lo ou constatar sua culpa no que se refere à veracidade da documentação entregue por ele ao Conselho de Ética do Senado. "O que fica pairando no ar é que fica desagradável", disse. "Espero que se resolva isso de maneira taxativa.

"É preciso que haja uma posição clara: tem responsabilidade na questão das contas que apresentou ou não tem. Se não tem, que se encerre. Se tem, bom, são as conseqüências da lei", completou. FHC disse que não se trata de cobrar esses esclarecimentos de Renan, mas sim do Conselho de Ética e da Polícia. Questionado se é a favor do afastamento de Renan do cargo, FHC rebateu: "Não adianta falar disso agora. Ele já tomou a decisão de não se afastar e não se afastou".

O ex-presidente aproveitou para criticar o sistema de voto em lista fechada, discutido como parte da reforma política. De acordo com ele, o sistema afasta o eleitor de seus candidatos e aumenta o poder da "burocracia dos partidos". "Nesse sentido, é perigoso", disse o ex-presidente. O tucano também voltou a defender o voto distrital misto e propôs que seja realizado um teste nas próximas eleições municipais do ano que vem. Dessa forma, segundo ele, seria possível avaliar a "reação" da população.

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