Para especialistas, governo precisa administrar o Masp

Só há uma saída para tirar o Museu de Arte de São Paulo (Masp) da crise aberta pelo furto de um Picasso e um Portinari: estatizar o museu, transferindo a gestão para a Prefeitura, o Estado ou a União. Essa é a solução defendida por intelectuais e museólogos. E o governo de São Paulo se mostra interessado.

?Por mais precário que seja, ele tem mais perspectiva do que uma gestão dessas. O Estado é um ente permanente. Senão, vamos deixar tudo na mão de gangues e tribos?, diz o secretário adjunto de Cultura do Estado e ex-superintendente do Museu de Arte Moderna (MAM), Ronaldo Bianchi. ?É federalizado, municipalizado ou estadualizado. E a gente topa gerir o Masp.

?Sem dúvida, existem hoje casos de museus geridos pelo governo e muito bem-sucedidos?, observa o diretor da Pinacoteca, Marcelo Araújo. ?Nesse momento, o que funciona muito bem é o novo modelo de organização social (espécie de parceria entre Estado e uma associação). É o modelo da Pinacoteca e do Museu da Língua Portuguesa.

?Os sócios do Masp poderiam ser conselheiros e continuar acompanhando o desenvolvimento da instituição, mas não seriam mais os únicos, isolados?, observa o embaixador Rubens Barbosa, ex-conselheiro da instituição, que se mostra cético, porém, quanto a uma intervenção drástica do governo.

Na madrugada do último dia 20, três ladrões roubaram as telas ”O lavrador de café”, de Candido Portinari, e ”Retrato de Suzanne Bloch”, de Pablo Picasso. As obras são avaliadas em US$ 5 milhões e US$ 50 milhões, respectivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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