Países precisam aperfeiçoar gestão ambiental, diz Marina Silva

Rio de Janeiro – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu nesta segunda-feira (3) o aperfeiçoamento das instituições ligadas à área ambiental. Segundo ela, esse tema é consenso entre os países, embora haja visões e expectativas diversas sobre a governança ambiental internacional. Ela participa, juntamente com outros ministros de 22 países, de uma confer~encia, na capital fluminense, para tratar de assuntos ligados ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

De acordo com Marina Silva, para reverter os crescentes problemas ambientais globais, é preciso que as nações trabalhem para unir capacidades técnicas, políticas e diplomáticas, que muitas vezes se dispersam nos diversos foros que tratam do tema. Segundo ela, as discussões sobre a governança ambiental internacional geram um "impasse desconfortável".

"É embaraçoso precisar justificar aos cidadãos, em nossos países, as razões pelas quais assumimos tantos compromissos, participamos de tantas reuniões e conferências, e por que existem tantos diferentes organismos intergovernamentais que tratam da questão ambiental, enquanto constatamos os alarmantes indicadores de degradação ambiental no planeta", afirmou, em seu discurso na abertura do evento.

Segundo a ministra, é preciso adotar a transversalidade do desenvolvimento sustentável em toda a estrutura das Nações Unidas. Marina citou como exemplo bem sucedido a política ambiental brasileira que, de acordo com ela, baseia-se, por um lado, no fortalecimento do setor ambiental, e, por outro, na internalização da questão ambiental nos demais setores do governo, especialmente nos projetos de desenvolvimento.

"A experiência brasileira mostra que trabalhar de maneira transversal é muito mais complexo, mas as soluções encontradas se revestem de mais legitimidade e efetividade, na medida em que se refletem todos os valores e expectativas em torno dessas matérias", disse.

Marina Silva destacou, ainda, que quando a estrutura das Nações Unidas foi concebida, a relevância do conceito de desenvolvimento sustentável não era entendida como hoje. Segundo ela, essas estruturas não evoluíram com a mesma velocidade com que se agravou o quadro ambiental global.

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