Pais de estudante morta na Austrália buscam explicação

Os pais da estudante brasileira Suellen Domingues Zaupa, morta em circunstâncias não explicadas em Sidney, vão embarcar para a Austrália assim que conseguirem o visto e o lugar em um dos voos, o que deve ocorrer amanhã. Além de liberar o corpo para a cremação, eles esperam obter os esclarecimentos sobre o caso. “Eles nos disseram que em situações trágicas como essa, as informações ficam sob sigilo até a chegada de algum familiar”, relata o empresário Luiz Antonio Zaupa, pai da jovem.

Segundo a imprensa australiana, o corpo da estudante de 22 anos foi encontrado no dia 21 de novembro no apartamento do médico Suresh Nair, de 41 anos, que estava sendo procurado por ter sumido de seu trabalho. A perícia concluiu que ela estava morta havia 36 horas, indicando que o óbito deve ter ocorrido no dia 19.

Os jornais australianos relatam que o médico é suspeito e deve comparecer a um tribunal para prestar depoimento no dia 15 de dezembro. Entre as hipóteses levantadas pela imprensa estão as de que a estudante teria ingerido um coquetel de medicamentos e drogas repassados por Nair.

“Pelo que eu falava com ela e por depoimentos de amigos, é difícil acreditar nessa hipótese”, afirma o pai. “Ela não tinha motivos para isso”. Nair já havia sido suspenso de suas atividades médicas por duas vezes, em 2004 e 2008, por problemas de saúde não especificados.

Suellen nasceu em Porto Alegre, filha do primeiro casamento de Zaupa, com a contadora Solange Domingues, e fez o segundo grau em Venâncio Aires, no interior do Rio Grande do Sul. Há três anos foi para a Austrália aperfeiçoar o inglês e, na sequência, passou a estudar hotelaria.

A família soube da morte de Suellen na quinta-feira, por um telefonema dado pelo pai de uma colega. Amigos dela na Austrália também repassaram a notícia, mas a confirmação das autoridades só chegou no domingo. “Foi muito penoso esperar todo aquele tempo”, relata Zaupa, que diz entender que a polícia australiana teve rotinas a cumprir, como esperar a ficha datiloscópica enviada pela Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul, antes de repassar a informação. O empresário afirma que a família está sendo tratada adequadamente pelas autoridades australianas e brasileiras.

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