Paes de Barros espera superar resistências

Brasília – Indicado pelo PSDB para presidir a CPI do Congresso que vai investigar a evasão de divisas, a CPI do Banestado, o senador tucano Antero Paes de Barros (MT) espera que as divergências em torno de seu nome estejam superadas até quarta-feira, quando serão eleitos o presidente e o relator da comissão.

Ele rejeita a pecha de intempestivo que lhe foi atribuída pelo governo e lembra que um possível veto à indicação desrespeitaria a tradição parlamentar. “As pessoas que dizem que sou intempestivo ou que gosto de holofotes deveriam especificar os fatos. Não dou entrevista para geladeira”, disse.

Um acordo entre os partidos entregou o cargo de relator da CPI mista ao PT da Câmara e a presidência ao bloco da minoria do Senado, composto pelo PFL e pelo PSDB. Ambos acertaram que Antero presidiria e que o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ) ficaria com a vice-presidência.

O governo tentou o quanto pôde impedir a criação da CPI, cujas repercussões políticas e econômicas preocupam a cúpula do Palácio do Planalto. Dezessete deputados e 17 senadores, além de número igual de suplentes, vão apurar ilegalidades em remessas ao exterior que somaram cerca de US$ 30 bilhões entre 1996 e 2002.

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