Orgia afasta deputado em Brasília

Manaus – O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (equivalente à Assembléia Legistativa nos estados), deputado Benício Tavares Cunha Mello (PMDB), anunciou ontem que vai se afastar do cargo por 15 dias. A situação de Benício Tavares ficou ainda mais complicada após o depoimento das garotas de programa na Delegacia Especializada de Proteção e Assistência à Criança (Deapca). Quatro delas garantiram a participação do parlamentar em orgia sexual ocorrida no iate de luxo Amazônia, a caminho de Barcelos. Segundo elas, pelo menos 17 mulheres – a maioria menor de idade – participaram de todo o tipo de orgia durante o trajeto.

O envolvimento do parlamentar foi descoberto porque algumas das garotas voltaram de Barcelos, no dia 19, a bordo do barco regional Princesa Laura, que naufragou no Rio Negro provocando a morte de 13 pessoas, entre elas cinco garotas do grupo que viajara no iate Amazônia acompanhando o deputado e um grupo de homens. Com o naufrágio, a prática de aliciamento de garotas de programa para orgias a bordo foi revelada.

De acordo com os depoimentos das garotas de programa à delegada Graça Silva, da Deapca, o deputado Benício Tavares era um dos mais atuantes durante a orgia sexual. Sempre alardeando sua condição de deputado em Brasília, andava para baixo e para cima sempre com uma pasta preta, da qual retirava dinheiro para pagar as moças por alguns “atendimentos extras”. Uma delas contou que o deputado havia pago R$ 1 mil para que uma das meninas praticasse sexo anal com ele.

Agora, com os depoimentos das garotas, a situação do deputado fica complicada. O seu afastamento da Câmara Legislativa é para tentar abafar o caso. Mas não será tão fácil assim porque ontem pela manhã, mais quatro garotas prestaram depoimento. E todas elas praticamente repetiram o que as outras cinco haviam dito na terça-feira, incriminando ainda mais o deputado e os demais participantes da orgia. Destes, somente o empresário paulista Flávio Talmelli foi oficialmente identificado. De acordo com a delegada Graça Silva, os envolvidos devem ser indiciados por favorecimento à prostituição, artigo 228 do Código Penal, que prevê pena de até cinco anos de prisão.

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