Oposição vai analisar proposta sobre anexo de metas

Os partidos de oposição ao governo deverão passar o final de semana analisando uma proposta de Orçamento a ser votada em sessão conjunta do Congresso da próxima quarta-feira (12). A informação foi dada nesta quinta-feira (6) pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), logo após o término de reunião de lideranças partidárias da Câmara e do Senado, convocada para a discussão do projeto de lei do Orçamento de 2008 – a votação da matéria estava prevista para a manhã desta quinta.

– Queremos um Orçamento decente e regular, por isso seria um tumulto e uma irresponsabilidade votá-lo hoje. Pedimos ao presidente Garibaldi que nos apresente uma proposta ainda hoje, para que possamos – os partidos de oposição – analisá-la em conjunto neste final de semana, consolidar nossa opinião na segunda-feira, nos reunir com ele [Garibaldi] na terça e, na quarta, votarmos uma proposta que não fira o interesse público – explicou Arthur Virgílio.

Segundo o senador, a oposição, no entanto, já concordou sobre alguns pontos. Entre eles, o de não aceitar incluir no Orçamento o chamado Anexo de Metas e Prioridades, um documento aprovado no âmbito da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) com a previsão de gastos de R$ 534 milhões em emendas individuais e de bancada.

– Tirem o cavalo da chuva porque não votamos esse anexo. Não queremos votar nada que não esteja completamente regular e que privilegie apenas alguns parlamentares em detrimento de setores importantes da economia – afirmou Arthur Virgílio.

O líder do PSDB também explicou à imprensa que a oposição gostou da proposta feita nesta quinta pelo deputado Maurício Rands (PT-PE), pela qual os recursos do Orçamento seriam distribuídos aos 27 estados, porém com menos privilégios aos grandes estados. Com base no Anexo, conforme explicou Arthur Virgílio, essa divisão seria muito desproporcional, resultando em uma grande concentração de recursos nas mãos dos estados mais representativos da União.

Já o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) afirmou que este é o momento de as lideranças se unirem para chegarem a uma proposta orçamentária "enxuta e concreta", a fim de que os parlamentares possam votar com "tranqüilidade" na quarta.

– Ou as lideranças se impõem e decidem o que querem ou não se vai chegar a lugar nenhum – esclareceu Heráclito, para quem é fundamental, conforme argumentou, substituir o Anexo.

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