OAB-RJ nega autoria de laudo sobre mortes no Complexo do Alemão

A seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) desautorizou João Tancredo, presidente da Comissão de Direitos Humanos do órgão no Rio, a atribuir um laudo que aponta indícios de execução entre os 19 mortos da megaoperação no Complexo do Alemão, no final do mês passado, à entidade. O relatório divulgado ontem com base na análise de um perito particular encomendado pela comissão, indica que, pelo ângulo das perfurações, é possível apontar que algumas das vítimas estavam sentadas ou ajoelhadas quando foram mortas.

Em nota, a OAB-RJ informou que não contratou perícia particular e que a instituição recebera os laudos do Instituto Médico-Legal do Rio, que não são conclusivos. Por isso, a entidade pretende esperar a apreciação dos documentos pelos peritos ligados à Secretaria Nacional de Direitos Humanos que virão ao Rio na semana que vem.

O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), reiterou hoje a confiança na ação dos policias que participaram da megaoperação. "Eu acredito nos laudos da nossa polícia técnica, da polícia técnica da PF. Tenho certeza absoluta de que os nossos policiais agiram com extrema correção e combateram aqueles que deveriam ser combatidos: os que reagiram à nossa polícia", disse o governador, depois de inaugurar uma central de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança, ao lado do ministro da Justiça Tarso Genro.

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