Notas frias podem levar Renan a se explicar no STF

Os aliados de Renan Calheiros (PMDB-AL) jogam todas suas fichas na votação de terça no Conselho de Ética para arquivar a representação contra o presidente do Senado. Mas a vitória, se ocorrer, não significará o fim do sangramento político a que vem sendo submetido o parlamentar – acusado de receber favores do lobista Cláudio Gontijo (da Mendes Júnior) para bancar despesas pessoais decorrentes de uma relação extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso e também de falsificar notas fiscais na defesa que encaminhou aos senadores.

PPS, PSOL e PV prometem apresentar novos requerimentos ao Conselho de Ética contra Renan e até mesmo ir ao Supremo Tribunal Federal para que o presidente do Senado esclareça as dúvidas que ainda pairam sobre a sua conduta. ?Vou lutar pessoalmente pela cassação dele (Renan)?, afirmou ontem o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) não declara se pretende cassar Renan ou se quer absolvê-lo. Mas insiste em que a decisão pelo arquivamento só pode ocorrer depois de uma investigação cuidadosa sobre a documentação enviada pelo presidente do Senado ao Conselho de Ética. ?O que questionamos é o aspecto ético e moral?, disse o parlamentar de Goiás, numa crítica ao tempo exíguo que a Polícia Federal tem para periciar as notas de venda de gado.

A assessoria da PF, que trabalha em Brasília e em Alagoas no exame dos documentos, já adiantou que a perícia não deve ficar pronta nesta segunda-feira.

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