Nonô culpou o governo Lula pela crise

Brasília – O candidato do PFL à presidência da Câmara, José Thomaz Nonô (AL), responsabilizou o governo pela crise no País, nos discursos feitos tanto no primeiro quanto no segundo turno, numa estratégia definida de mexer com os brios dos deputados que reclamam das interferências do Palácio do Planalto no Legislativo. Para ele, é preciso que a Câmara dê seu grito de liberdade e acabe com o desgaste atual, ruim tanto para o Palácio do Palácio do Planalto quanto para a Câmara. ?Se não houver mudanças, vamos todos ser trucidados em 2006?, previu.

Nonô buscou votos até mesmo entre os 16 parlamentares, seis do PT, suspeitos de envolvimento com o esquema do ?mensalão?. Disse que dará a eles todo o direito à ampla defesa. Mas acrescentou que isso não era um juízo de valor e que, se alguém tiver de pagar por erros que cometeu, vai pagar. Disse ainda que deseja resolver a questão o mais rapidamente possível, o que será bom para a Câmara e para os próprios suspeitos. Prometeu cercar-se de uma assessoria qualificada e que, se eleito, faria uma presidência colegiada.

Nonô, candidato que, além de seu partido, o PFL, teve o apoio do PSDB, PPS, PDT, PV e Prona, passou todo o sábado (24), o domingo (25) e a segunda-feira (26) no telefone, atrás de votos, e em reuniões com seus apoiadores. Conversou pelo menos três vezes com o presidente do PMDB, Michel Temeer (SP), de quem recebeu apoio oficial já no processo de eleição. Em todos os dias, Nonô voltou para casa altas horas da noite. Disse várias vezes que estava totalmente ?quebrado?. Quando ficou sabendo que obtivera 182 votos e empatara em segundo lugar com Aldo Rebelo (PC do B), afirmou que teve 22 votos a mais do que previra.

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