Nilmário defende mais espaço para o PMDB

Rio – O secretário nacional de Direitos Humanos Nilmário Miranda, que foi ao camarote da Petrobras na Marquês de Sapucaí, disse ontem que "o PT tem que ceder um pouco" na reforma ministerial e defendeu maior participação do PMDB no primeiro escalão do governo. À vontade de camiseta estampada, calça jeans e sandálias havaianas brancas, o ministro afirmou ser contra qualquer punição ao deputado conterrâneo Virgílio Guimarães (PT-MG), que lançou candidatura avulsa à presidência da Câmara à revelia do PT. O candidato oficial é Luiz Eduardo Greenhalgh (SP).

"Se eu fosse deputado teria votado no Virgílio, somos amigos desde a luta contra a ditadura e ele seria um excelente presidente da Câmara. Sou contra punição, porque não há nada que diga que o partido não pode ter candidato avulso", disse o ministro, no intervalo entre os desfiles do Império Serrano e do Salgueiro. Nilmário disse que nos carnavais sempre aproveitou para viajar e conhecer algum lugar diferente. Desta vez, porém, foi convencido pela mulher, Stael, a assistir ao desfile na Marquês de Sapucaí. "Ela já está pensando em desfilar ano que vem", disse o ministro.

O camarote da Petrobras foi o reduto petista no desfile deste ano na Sapucaí. O anfitrião, José Eduardo Dutra, presidente da estatal, recebeu, além de Nilmário Miranda, o ministro Luiz Gushiken, da Comunicação de Governo. Dutra desfilou na Mangueira, escola que recebeu patrocínio da empresa de petróleo e da Eletrobrás, pela Lei Rouanet. O prefeito de Aracaju, Marcelo Deda, petista reeleito no primeiro turno, também engrossou a ala da Petrobras na escola verde e rosa. "Sou mangueirense de 1968, estudei o samba no fim de semana e estou afinado", assegurou Dutra antes de seguir para a concentração.

O presidente da Petrobras explicou por que virou mangueirense: "A Mangueira foi campeã em 1967 e 1968. O Botafogo, meu time, também foi campeão nesses dois anos. Por isso passei a torcer pela Mangueira". O camarote petista era no setor 7. Perto dali, no setor 11, estava o reduto da oposição: o camarote do governo do Estado. Embora a governadora Rosinha Matheus (PMDB) não tenha ido ao desfile, secretários de Estado fiéis ao ex-governador Anthony Garotinho, seu marido, estavam em peso no Sambódromo.

O governador peemedebista do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, que desfilará na Beija-Flor no último dia do desfile, defendeu a saída do PMDB do governo Lula e uma candidatura própria do partido à Presidência da República.

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