O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, defendeu, em seu discurso na cúpula dos líderes de Estado da ONU na Rio+20, que “não se pode limitar o ritmo de crescimento dos países” e que há vários modelos de economia verde, que devem ser aplicados “de acordo com as características de cada país”.
Assim como a presidente Dilma, ele defendeu o conceito de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, estabelecido na Eco-92, que determina que ricos devem contribuir mais para o desenvolvimento sustentável.
A China, porém, é hoje a segunda maior economia do mundo, argumento que é usado por países desenvolvidos para exigir um comprometimento equivalente entre seu grupo e os chamados emergentes. “A economia verde cresce cada vez mais em resposta às crises financeiras, mas há muitos modelos. Os países em desenvolvimento deveriam adotar e implementar estratégias de desenvolvimento sustentável de acordo com suas condições.”
Wen Jiabao destacou, contudo, que a China é “um grande país em desenvolvimento ptronto para assumir suas responsabilidades”, e anunciou um fundo de US$ 6 milhões para capacitação em termos de proteção ambiental de funcionários em países em desenvolvimento.
O chinês, que seria um dos últimos a falar na tarde de hoje, teve o discurso adiantado pela presidente Dilma e foi o primeiro a falar depois dos discursos de representantes oficiais da conferência.