Museu da Inconfidência reabre em Minas Gerais

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Criado em 1942, museu localizado em Ouro Preto agora conta com 5 mil peças em exposição.

Criado há 62 anos, a partir da instalação do panteão dos inconfidentes na antiga Casa de Câmara e Cadeia da cidade histórica de Ouro Preto (MG), o Museu da Inconfidência passou pela primeira vez por uma ampla reformulação e foi reaberto ontem ao público. O imponente prédio na Praça Tiradentes ganhou uma nova exposição, que privilegia a importância histórica da então Vila Rica e os caminhos da constituição do primeiro núcleo urbano adensado do País, fundamental para o surgimento do movimento contra a dominação portuguesa.

O museu estava fechado para a visitação desde março, mas os trabalhos de modernização duraram três anos. Nas 17 salas, peças anteriormente dispostas somente como objetos decorativos ganharam mais força representativa, explica o escritor Rui Mourão, diretor do museu desde 1974. ?Mudamos completamente a filosofia do museu.?

Mourão lembra que quando o ex-presidente Getúlio Vargas determinou, em 1942, que os restos mortais dos inconfidentes fossem trazidos de volta para o Brasil, tinha por objetivo ?brindar as tradições, as origens? da nação. Mas a constituição do museu, dois anos depois, esbarrou na escassez de objetos da época e ele foi implementado com base em relíquias do movimento.

Hoje o museu reabre com cerca de cinco mil objetos em exposição, entre eles peças até então guardadas na reserva técnica. No andar superior foram dispostas obras sacras e profanas que revelam a importância das igrejas no desenvolvimento da arte. Os mestres Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manoel da Costa Ataíde ganharam salas próprias. A concepção museográfica é de responsabilidade do francês Pierre Catel. Nela, as peças foram valorizadas com a exposição em vitrines, valorizadas pela nova iluminação. As janelas ganharam películas escuras e cortinas.

Ao todo, foram investidos cerca de R$ 3,1 milhões nas obras, com recursos de estatais federais e empresas privadas, por meio de leis de incentivo à cultura. 

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