A votação da reforma política na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ficou para o próximo ano. Não adiantou o esforço de partidos aliados e da oposição para votar a matéria na CCJ este ano, já que três partidos da base aliada (PP, PL e PTB) estão trabalhando contra a proposta. Diversas tentativas para votação do parecer do deputado Rubens Otoni (PT-GO) foram feitas, mas sem sucesso.
Na reunião de anteontem da CCJ, convocada para a votação da reforma política, parlamentares de diversos partidos pediram o adiamento da votação por cinco sessões, prazo máximo permitido pelo regimento interno para adiamentos. Diante dos pedidos, o presidente da comissão, deputado Maurício Rands (PT-PE), concordou com o adiamento.
Segundo Rands, a idéia é votar a reforma política na CCJ e no plenário da Câmara até março do ano que vem: "Viu-se, diante de tantos pedidos de adiamento, que alguns pontos da reforma precisam ser melhor discutidos para se chegar a um consenso antes da votação". Na opinião do presidente da CCJ, o adiamento servirá para amadurecer melhor os pontos da reforma que são polêmicos: "Vamos continuar negociando para votar até março a reforma política na Câmara".