Ministra se diz surpresa com indício de irregularidades em obras do PAC

Brasília – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira (20) que o governo vai responder aos questionamentos do Tribunal de Contas da União sobre indícios de irregularidade em 29 obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). A ministra afirmou que as obras citadas pelo tribunal representa 1,4% do total do PAC e que estranhou o relatório ter sido divulgado ontem, já que este assunto já havia sido discutido anteriormente e que o governo já havia respondido.

"Nós olhamos com muito respeito todas as determinações do TCU. E por isso a reação que nós tivemos foi de surpresa por vermos ações que estavam solucionadas voltarem a baila e serem encaminhadas ao Congresso", disse.

Dilma afirmou não considerar correto que se trate essas irregularidades verificadas no PAC como processos de corrupção. "Talvez não tenha sido isso que tenha sido dito (no relatório do TCU). Tendo a acreditar que não foi. Mas lamento se foi, que aí sim nós temos um caso complicado".

"Fazemos um esforço imenso para fazer com que o governo cumpra as determinações do TCU porque acreditamos que o TCU é um órgão muito importante nesse processo de consolidação de um gasto que se volte para práticas absolutamente idôneas e acabe com práticas inidôneas", disse a ministra, durante entrevista coletiva na qual fez a avaliação quadrimestral do PAC.

Entre as obras citadas pelo TCU estão as da rodovia BR-163, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso; as da integração do Rio São Francisco, em Pernambuco; da Ferrovia Norte-Sul, no Tocantins; do trecho Sul do Rodoanel em São Paulo e da rodovia BR-319, na divisa entre Rondônia e Amazonas.

No caso da BR-319, a ministra Dilma Rousseff lembrou que as obras já tinham sido interrompidas porque foram executadas pela construtora Gautama, do empresário Zuleido Veras, envolvido em denúncias de corrupção. "Estranhamos que ela tivesse sido incluída na lista de obras do TCU", disse.

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